imagem: Editorial "Suicidal Flowers" com Gabrielle Beringui (Thais Monteiro) Seus olhos não eram grandes, como poderíamos imaginar após esta descrição: tinham uma força improvável, extraordinária, apenas proposta para aquelas massas flutuantes pela galáxia. Quem ousasse traçar alguma rota perto demais, ou passasse distraído invariavelmente estaria preso à sua órbita. Não eram grandes, eram imensos! Os dois pontos fixos brilhavam em sua face, e pareciam sugar-lhe a energia de todo o resto. Era frágil. Os braços finíssimos, o corpo igualmente delgado, os seios mínimos suscitavam a impressão de compor somente um anexo do que existia acima, contudo, não menos belo. E como era belo!, feito cauda de cometa. Ainda sobre o rosto, um sorriso costumava brotar. De quando em quando surgia semelhante a uma ferida – uma metáfora que eu lera uma vez em algum livro e lhe cabia bem. Dava mesmo a sensação de ferir-lhe muitas vezes e habitualmente queimava quem ficasse em sua direçã